Abstract

Em abril de 2004, deu-se o início da comunidade indígena Lago da Praia, a partir de mobilizações étnicas dos Wapichana e Macuxi da terra indígena Serra da Moça. Sua criação esteve amplamente relacionada ao contexto conflituoso local, no qual a relação entre indígenas, fazendeiros e demais agentes foi historicamente marcada pela violência e a usurpação de seus territórios. Nesse sentido, as tensões sociais foram se agravando no decorrer dos anos, principalmente devido à conjuntura política regional, relacionada à luta pela demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol e as “condicionantes” impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Em 2009, os indígenas passaram a vivenciar diversos eventos críticos e a ser coagidos para que saíssem da comunidade, ocasionando a expulsão dos indígenas de suas casas. Em 2010, o ministro do STF Gilmar Mendes fundamentou uma ação cautelar, favorecendo o Governo do Estado de Roraima e afirmando que a referida terra indígena não poderia ser ampliada. Este artigo trata desta retomada de terra, da construção da comunidade Lago da Praia e da expulsão dos Wapichana e Macuxi.

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