Abstract

Neste artigo buscamos dialogar com o curta-metragem brasileiro "O Dia em que Dorival Encarou a Guarda” (1986), dirigido por Jorge Furtado e José Pedro Goulart, objetivando compreender os processos de significação em torno da diferença racial e o que ela pode nos dizer sobre a noção de estereotipagem como política de representação. Para tanto, lançando mão da “etnografia de tela” (RIAL, 2004; BALESTRIN & SOARES, 2011), trazemos para o debate as problematizações foucaultianas sobre biopoder, na qual a função do racismo é regular a distribuição da morte e tornar possíveis as funções do Estado mediante a divisão dos corpos que devem morrer e os que devem viver. Assim, dialogamos com os Estudos Culturais em Educação, destacando o conceito de “estereotipagem” (HALL, 2016), bem como evidenciamos, à luz das reflexões sobre “Corpo sem Órgãos” (DELEUZE & GUATTARI, 2011) e “corpo utópico” (FOUCAULT, 2014), os agenciamentos produzidos em uma nova política de resistência diante dos processos de subjetivação sistematizados pelo Estado, conforme narrativa do curta-metragem. Assim, comprendemos que é na luta contra o Organismo que insiste em enquadrar a sua vida, em meio a um sorriso que sutilmente anuncia o refrigério de sua conquista, que Dorival produz potências desestabilizadoras cheias de vida.

Highlights

  • we seek to dialogue with the Brazilian film

  • it can tell us about the notion of stereotyping

  • we bring to the debate the foucaultian problematizations about biopower

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Summary

Introduction

UM CORPO QUE SUFOCA: CULTURA, BIOPODER E [***] Doutora em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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