Abstract
O texto reflete sobre a linguagem poética da dança e o processo de criação do filme Enquanto caem as folhas...(2015) focando na categoria Esforço do Sistema Laban/Bartenieff de Análise do Movimento e observando como as combinações dos fatores de qualidade do movimento e suas variações dinâmicas afetaram o roteiro, a edição e a preparação corporal das personagens. O filme investiga como os padrões de desenvolvimento do movimento e os perfis psicológicos estudados pela Dra. Judith Kestenberg (1910-1999) estão conectados à Teoria dos Esforços de Rudolf Laban (1879-1958) e aos Princípios Fundamentais do Movimento de Irmgard Bartenieff (1900 -1981). Inspirado na obra da escritora e cineasta de língua francesa, Marguerite Duras (1914-1996), o filme destaca personagens que têm em comum traços de loucura, abandono, tédio e dor. Palavras-chavesSistema Laban/Bartenieff. Kestenberg. Duras. Filme de Dança.
Highlights
The text reflects on the poetic language of dance and the process of creating the film While the leaves fall... (2015) focusing the Effort on the Laban/Bartenieff Movement Analysis System and observing how the combinations of movement quality factors and their dynamic variations affected the script, editing and body preparation of the characters
O desafio proposto foi inscrever as imagens e as sensações da linguagem escrita no corpo dançante, para apresentar os sintomas nas formas fluidas do silêncio, do abandono, do deslumbramento e do desejo, como as pacientes que deambulam descritas por Edmar Oliveira: “Os corpos se movimentam com a determinação aparente de quem sabe onde está indo
Monografia apresentada para obtenção de Certificado de Analista de Movimento (CMA) no Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies (LIMS), orientação Karen Stud
Summary
Artes Integradas na Dança, produção do filme Enquanto caem as folhas... foi realizado pelo Laboratório de Pesquisa e Criação Cênica (LAPECC/DAC/UFRJ) que recebeu apoio institucional da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e da Pró-Reitoria de Extensão (Pr5) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – 2011-2013. Julia Kristeva, em seu texto sobre a escrita de Marguerite Duras, define a melancolia como “amarga embriaguez”, lugar onde o escritor em estado amoroso e depressivo, encontra na dor a “região inacessível da beleza integral” (KRISTEVA,1989). Nas suas histórias têm como ação principal a deambulação desatenta da realidade, fora do mundo, de tal modo imersas em seu espaço interno, penetram constante e meticulosamente no imaginário do leitor prostrando-o na inércia de uma única nota que reverbera ad eternum. Em alguns de seus filmes e principalmente na série dos curtas-metragem (Césarée, As mãos Negativas, Aurélia Vancouver e Aurélia Melbourne - 1979) não vemos a figura das personagens, seu rosto nem seu corpo, mas sua voz, muitas vezes desdobrada em uma terceira pessoa que narra a própria história. O espectador percebe a história nas entrelinhas, nas nuances das vozes que falam alienadas da imagem, vindas não se sabe de onde, desconhecidas
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