Abstract

Esse artigo propõe-se a apresentar e gerar reflexões acerca da temática do amor romântico e do encontro amoroso na vida de mulheres trans e travestis, atravessadas por uma sociedade binária, cisheteronormativa e regida pelo neoliberalismo, a qual coloca todo aquele sujeito que não se encontra em uma relação amorosa idealizada como um sujeito fracassado, sendo esta uma violência para com os corpos dissidentes, tendo sua subjetividade e singularidade minada no campo dos afetos. Através de um estudo teórico, pela ótica da Teoria Queer e da interseccionalidade, algumas respostas foram possíveis de serem coletadas que seguem aqui, resumidamente, destacadas. O amor é um tema central para a humanidade, constituição do sujeito e do seu lugar no mundo. Contudo, para corpos que desobedecem às normativas de gênero e sexuais, há uma interdição do direito ao afeto que ocorre devido ao alto índice de violências e suas camadas. Pessoas trans e travestis acabam por ser vítimas de um imaginário social que embora defenda o amor como universal, lhes interdita essa possibilidade. Defende-se que o amor é um produto da cultura e da linguagem e que as travestis devem ter o seu direito de amar a sua própria maneira, se assim o quiserem. Isto deve ocorrer em detrimento dos dispositivos neoliberais em uma sociedade marcada pela diferença dos sexos, dos binômios sociais e da colonialidade cisheteronormativa.

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