Abstract

Este estudo tem como objetivo analisar a evolução conjunta dos processos de transição urbana e demográfica vivenciados pelo Brasil e Unidades Administrativas, de 1940 a 2010. O trabalho contém a caracterização espaço-temporal dos processos, o agrupamento das unidades com caracter�sticas semelhantes, a identificação de modelos de trajetórias e a projeção de tendências. Para o estudo foram aplicados métodos de análise de dados, de classificação hierárquica e de estimativa aos dados produzidos por fontes oficiais. A evolução dos processos apresenta as tendências clássicas que marcam as fases das transformações demográficas: aceleração do crescimento demográfico e da urbanização decorrentes inicialmente das mudanças do comportamento da mortalidade, a seguir, pela intensificação da migração rural-urbana, evoluindo para a fase de redução sincrônica da fecundidade e das taxas de crescimento natural ou vegetativo, migratório e urbano. As trajetórias dos processos demográficos, passadas ou atuais, refletem as desigualdades socioespaciais existentes entre as regiões do pa�s e mostram que as diferenças entre indicadores persistem, porém com tendência à convergência.
 Palavras-chave: Transição urbana, Transição demográfica, Migração rural-urbana, Continuidade e convergência.

Highlights

  • Ateliê Geográfico - Goiânia-GO, v. 14, n. 01, abr/2020, p. 06 - 26 changes in mortality behavior, and later by urban-rural migration intensification; moving onto the reduction of synchronous fertility phase and natural, migratory and urban growth rates

  • O trabalho contém a caracterização espaçotemporal dos processos de transição, a formação de grupos de unidades federativas com comportamentos semelhantes, a proposição de modelos de trajetórias e a projeção de tendências

  • A variedade dos processos de transição urbana dos estados resulta dos diferenciais que historicamente marcaram o curso do desenvolvimento socioeconômico e a expansão do povoamento no país

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Summary

Os processos de transição

O esquema geral do crescimento populacional resultante da evolução da natalidade e da mortalidade foi descrito em 1847 pela função logística de Verhust e em 1909 por Landry (PATARRA; FERREIRA, 1986; DUMONT, 2018). Os escritos de Landry e Notestein apresentam o conceito clássico da transição demográfica, que consiste na passagem de altas para baixas taxas de mortalidade e fecundidade decorrentes da modificação da atuação dos componentes do crescimento natural, natalidade e mortalidade, cuja evolução diferencial resulta nas diferentes fases que compõem o processo (NOTESTEIN, 1945; LANDRY, 1982). No contexto em que ocorreu a primeira transição, a intensa migração rural-urbana desempenhou papel de destaque nas transformações da sociedade, subjacentes às mudanças dos comportamentos demográficos. A dimensão espacial dos processos demográficos foi destacada por Zelinsky (1971), que enfatiza a importância das transformações ocasionadas pela mobilidade para a compreensão do processo de modernização, uma vez que as transições demográfica e migratória são mutuamente interdependentes, ocorrem paralelamente e em elevada interação com outros processos socioeconômicos. A mobilidade assume novas formas, sobretudo nas regiões metropolitanas, onde fatores como a reestruturação das funções urbanas, a melhoria da infraestrutura de transportes, as condições de moradia a preços mais acessíveis nas regiões periféricas, dão lugar a uma nova fase, de intensificação dos deslocamentos, em particular dos movimentos pendulares para trabalho e estudo (LIRA et al, 2017)

As transformações demográficas no Brasil
Agrupamento das Unidades com modelos similares de transição
Trajetórias e tendências
Considerações finais
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