Abstract

O presente texto, tomando como ponto de partida a conhecida noção de fidelidade, nos apresenta dois pressupostos (fábulas) que justificariam a persistência da tradicional fórmula Traduttore, traditore: o positivismo redutor que trata a língua como um simples receptáculo e a noção de que a tradução é, necessariamente, pior do que o original. Num segundo momento, propõe-se um desvio que retira a noção de fidelidade do centro do pacto tradutológico e, em seu lugar, instala a noção de transferência. Transferir torna-se então a razão pela qual traduzimos. E, nesse processo, se a noção de identidade é fundadora da tradução, é na diferença que ela se realiza: é nos desvios que ela encontra a sua “condição de existência”.

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