Abstract

Este artigo tem como objetivo discutir alguns elementos que marcaram a geração de jovens norte-americanos dos anos 1960 e do início dos anos 1970, a qual, após o final da Segunda Guerra Mundial, experimentou um período de insatisfação política e social, que levou a inúmeras contestações frente aos comportamentos conservadores estabelecidos até então. Desta forma procuraremos, a partir da análise de alguns trechos de obras autobiográfica e biográfica dos músicos Marky Ramone e Joey Ramone, identificar como os jovens, antes de se tornarem astros do rock mundial, enfrentavam os dilemas políticos e culturais dos Estados Unidos, como a repulsa à Guerra do Vietnã, os atritos com a geração dos seus pais e a negação ao movimento hippie. Discutiremos que o surgimento da contracultura apresentou diversas vertentes e, que em contradição aos que apenas queriam paz e amor, havia nos subúrbios urbanos algo mais agressivo, que veio posteriormente a se estruturar como o movimento punk. Todos esses elementos perpassam as incertezas dos anos de juventude dos nossos personagens, que são o centro do objeto da pesquisa, e com a utilização de análises biográficas como fontes de pesquisa histórica, procuraremos explorar as possibilidades metodológicas deste campo teórico para consolidar a argumentação desta pesquisa.

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