Abstract

Barbara Weinstein, em A cor da modernidade: a branquitude e a formação da identidade paulista, discute processos históricos pelos quais foi imaginada e formada a identidade paulista. Ao fazê-lo, Weinstein destaca dois grandes eventos: a Rebelião de 1932, muitas vezes aludida como uma “revolução” na historiografia local, bem como as comemorações dos 400 anos da capital paulista. O livro dialoga com grandes obras brasileiras, tanto em termos de historiografia do estado, quanto em termos de estudos sobre a formação de regiões. A autora destaca a relevância de imaginários baseados na imigração europeia, que buscavam diferenciar o estado das áreas “menos desenvolvidas” do Brasil e do vizinho Rio de Janeiro. Weinstein ilumina perspectivas revisionistas que reformularam os bandeirantes não como exploradores do povo e do interior, mas como ávidos colonos que teriam feito contribuições duradouras ao Estado, remontando tais imaginários a períodos que antecederam a consolidação da capital como centro econômico do país. Como seria de esperar de um trabalho histórico rigoroso, Weinstein também ressalta temas difíceis e intrigantes, como a participação de soldados negros nos eventos de 1932, bem como o papel das mulheres nos eventos da época.

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