Abstract

Este artigo discute a construção do trabalho colaborativo entre Professoras com deficiência visual e Auxiliares de Apoio ao Educando em escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte. Os dados produzidos em campo foram consequência de entrevistas semiestruturadas, observação participante e uma pergunta geradora no que diz respeito à história de vida tópica das duas Professoras que foram interlocutoras da pesquisa. O recorte justifica-se por tratar especificamente dos percursos formativos e da atuação das Professoras no mundo do trabalho.  O texto estabelece-se com uma abordagem aproximativa entre os dados produzidos em campo e a noção ergológica de “Entidades Coletivas Relativamente Pertinentes - ECRP”, sobretudo a partir de autores como Schwartz e Durrive (2010) e Efros (2014). Depreende-se que uma abordagem aproximativa entre os resultados produzidos em campo e o conceito de (ECRP) possibilita compreender o trabalho realizado por Professores/Professoras com deficiência e seus/suas Auxiliares como uma parceria construída como uma ECRP, sendo importante e necessário considerar o papel do/da Auxiliar de Apoio ao Educando no processo educacional, ainda que este profissional não substitua o Professor com deficiência. Tem-se, portanto, na mediação da relação professor/aluno, um novo sujeito sociocultural, sujeito este que não é aluno, nem Professor, mas que igualmente é ativo no processo educacional. Vislumbra-se para este profissional um novo termo que, de fato, qualifique e evidencie seu trabalho, qual seja, Educador da Inclusão Escolar.

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