Abstract

O artigo tem como objeto de análise a permanência e a evasão de estudantes em uma escola pública de educação de técnicos em saúde, na modalidade integrada ao ensino médio, na cidade do Rio de Janeiro durante a pandemia de Covid-19 (2020-2022). A partir do referencial teórico-metodológico do materialismo histórico-dialético, propõe a reflexão sobre a dinâmica sócio-histórica e cultural que aponta maiores índices de evasão para os filhos da classe trabalhadora, pobres e periféricos, bem como os desafios para a inclusão e permanência desses estudantes. Os resultados são indicativos de que o fortalecimento da gestão democrática da escola, especialmente, pela oportunidade de monitoramento de faltas; reuniões com docentes e conselhos de classe com a participação ativa do grêmio escolar aprimoram estratégias de ampliação das possibilidades de continuidade do fluxo escolar. Embora o contexto de precariedade nas condições de vida dos estudantes indique maior potenciais de evasão, a possibilidade de adotar estratégias que incluam garantia do acesso à internet e equipamentos eletrônicos, apoio financeiro, alimentação escolar e assistência psicossocial e pedagógica aos estudantes são fundamentais para ampliação da permanência. Todas estas ações demandam um ambiente institucional que enfatize a radicalidade do direito à educação pública em contextos de crise e emergências como vivenciado e que podem inspirar outras iniciativas de educação pública ao redor do país.

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