Abstract

<p>Nas letras de samba e de tango compostas entre as décadas de 1910 e 1940, notamos a reiterada presença de personagens marginais: o “malandro” e outros de seu universo, no caso do samba, e o “<em>compadrito</em>” e outros relacionados a ele nos tangos. Essa presença se plasma como uma contradição constitutiva, já que esses gêneros musicais, muitas vezes relacionados à representação do nacional, propagavam um modo de vida fora do apregoado como ideal de cidadão pelos respectivos Estados nacionais. É nosso objetivo neste artigo analisar como, nas composições nas quais aparece esse tipo de personagem, emergem embates entre vozes que identificamos, de um lado, como filiadas com a perspectiva marginal e, de outro, com posicionamentos relacionados às ações disciplinadoras dos Estados nacionais. Observaremos também como nessas letras a topografia representada se relaciona com questões de identidade desses personagens marginais, assim mesmo com questões de identidade nacional.</p><p><br /><em></em></p><p><br /><strong></strong></p>

Highlights

  • Pretendemos neste artigo realizar uma breve síntese de alguns dos resultados alcançados em nossa tese de doutorado (Menezes, 2012)

  • Metodologicamente, lidamos com algumas FRPSRVLo}HV HVSHFtÀFDV PDV WDPEpP FRP D VpULH HP VXD OLQHDULGDGH ademais de termos lançado mão de diferentes gêneros discursivos, tais como outros gêneros musicais ou enunciados relacionados mais diretamente ao discurso nacionalista e de disciplinamento nesses países

  • Universidade de São Paulo, 2012, Disponível em: Acesso: 20 de abril de 2015

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Summary

Andreia dos Santos Menezes

Andreia dos Santos Menezes é doutora (2012) e mestre (2006) em Letras (Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispanoamericana) pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área de língua espanhola, trabalhando principalmente com os seguintes temas: estudos contrastivos entre o SRUWXJXrVEUDVLOHLURHRHVSDQKRO estudos culturais, discursivos e enunciativos comparativos entre o Brasil e a Argentina. Tango; Samba; Identidades Nacionais; Estudos comparados entre o Brasil e a Argentina; Estudos discursivos. Essa presença se plasma como uma contradição constitutiva, já que esses gêneros musicais, muitas vezes relacionados à representação do nacional, propagavam um modo de vida fora do apregoado como ideal de cidadão pelos respectivos Estados nacionais. É nosso objetivo neste artigo analisar como, nas composições nas quais aparece esse tipo de personagem, emergem embates entre vozes que identificamos, de um lado, como filiadas com a perspectiva marginal e, de outro, com posicionamentos relacionados às ações disciplinadoras dos Estados nacionais. Observaremos também como nessas letras a topografia representada se relaciona com questões de identidade desses personagens marginais, assim mesmo com questões de identidade nacional

ANDREIA DOS SANTOS MENEZES
TOPOGRAFIA REPRESENTADA
MARGINAIS NO SAMBA E NO TANGO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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