Abstract

O presente artigo discute o arquivo da organização comunitária The Lesbian, Gay, Bissexual and Trans Community Center, de Nova York, a história de sua fundação nos anos 1980 e sua relevância atual. A heteronormatividade coloca historicamente pessoas LGBT+ em situação de vulnerabilidade. Com o surgimento da crise do HIV/AIDS, a partir de 1981, se observa uma piora aguda de tal situação. Além de prestar serviços de acolhimento e saúde, o LGBT Center constituiu-se como um importante espaço de preservação da memória de pessoas que a LGBTfobia e a AIDS vulnerabilizaram. Muitos dos objetos da coleção, seja por razões de não se encaixarem no cânone da “arte”, seja por serem explicitamente homossexuais, seriam facilmente descartados ou destruído. Analisando o acervo, composto desde “obras de arte” como pinturas, desenhos e murais, a fotografias documentais, cartazes, broches e cartas, somos colocados diante de questionamentos sobre as hierarquias entre arte erudita, documento histórico, cultura popular e mídias de massa. Ao fazê-lo, torna-se necessário balizar algumas questões candentes à história da arte e suas práticas. Partindo de alguns dos materiais da coleção, indaga-se de que modo essas divisões podem ser aplicadas e se são relevantes para as especificidades da população LGBT+.

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