Abstract

No artigo, adota-se uma abordagem de tipo contrastivo para comparar o português brasileiro e o italiano com o objetivo de identificar semelhanças e diferenças com relação: (i) ao paradigma dos pronomes clíticos, com foco nas formas de 3ª pessoa, e (ii) às variantes de realização do objeto anafórico alternativas aos clíticos, tais como o pronome nulo (ou categoria vazia) e os pronomes tônicos. Após especificar quais propriedades determinam a complexidade do microssistema dos clíticos em italiano em termos morfológicos, sintáticos e pragmáticos, apresentamos as formas dos pronomes tônicos e clíticos de 3ª pessoa de caso acusativo e dativo (e suas combinações) do italiano e do português brasileiro, considerados em suas variedades diatópicas, diafásicas e diastráticas. Em seguida, sintetizamos os resultados dos principais estudos sobre as variantes de realização do objeto anafórico em português brasileiro, comparadas com as correspondentes variantes disponíveis (ou não) em italiano. Por fim, oferecemos uma reflexão sobre as razões pelas quais o domínio dos clíticos italianos representa para os aprendizes brasileiros um verdadeiro desafio de aquisição.

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