Abstract

A partir de janeiro de 2019, reúne-se semanalmente no Rio de Janeiro o bloco Terremoto Clandestino, formado por pessoas em situação de refúgio, imigrantes e brasileiros. Por meio de um trabalho etnográfico, acompanhei durante um ano o bloco intercultural que conta com integrantes de diversos países da África, América Latina e Europa. Neste artigo, procuro refletir como a criação do Terremoto Clandestino colabora na construção de narrativas identitárias e na busca para desconstrução de estereótipos, nos quais as diferenças socioculturais das pessoas em situação de refúgio muitas vezes não são levadas em conta. O artigo pretende mostrar também como as letras e as performances do grupo tornam-se ferramentas de luta política contra o machismo, o racismo e a xenofobia. Mais do que estabelecer uma nova atividade cultural na cidade, os ensaios e apresentações do grupo vêm se firmando como um entre-lugar, em que se questiona a condição de estar refugiado no Brasil.

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