Abstract

Resumo O caroço de algodão, subproduto do beneficiamento da fibra, constitui importante matéria-prima para a indústria de óleos comestíveis e para a produção de biodiesel. O objetivo deste trabalho foi verificar a existência de diversidade genética para as características do óleo, em cultivares e linhagens de algodoeiro disponíveis no Brasil. O teor de óleo e sua composição em ácidos graxos foram determinados em sementes de 18 genótipos de algodoeiro, cultivadas em três localidades distintas no Brasil. A extração de óleo foi feita com hexano e os ácidos graxos foram obtidos por esterificação metílica e analisados por cromatografia gasosa. As análises de variância mostraram, tanto para o teor de óleo quanto para a composição dos ácidos graxos, diferenças significativas entre genótipos e entre locais, bem como significância para a interação genótipos x locais. Na média das três localidades, o teor de óleo variou entre genótipos de 23% a 27%. O ácido linoleico variou de 55,6% a 59%; o palmítico, de 22,7% a 24,8%; o oleico, de 13,4% a 15,8%; e o esteárico, de 1,83% a 2,14%. A faixa de diversidade genética para os ácidos graxos, embora estatisticamente significativa, não é suficientemente ampla para a realização de programas de melhoramento genético. Os genótipos FMT 523, FIBERMAX 966, IAC 06/205 e LD CV 22 destacam-se dos demais por possuir maior teor de ácidos oleico e palmítico e menor teor de ácido linoleico, o que os torna mais indicados para produção de biodiesel e uso como óleo de fritura, pela maior estabilidade oxidativa conferida por essa composição.

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  • Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado

  • Teor de óleo e composição de ácidos graxos em sementes de diferentes genótipos de algodoeiro Gondim-Tomaz, R

  • Este trabalho teve por objetivo verificar a existência de diversidade genética para o teor de óleo e a composição de ácidos graxos em cultivares e linhagens de algodoeiro, disponíveis no Brasil, e a influência do ambiente em que foi cultivado sobre tais atributos

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Original Article

Teor de óleo e composição de ácidos graxos em sementes de diferentes genótipos de algodoeiro. O teor de óleo e sua composição em ácidos graxos foram determinados em sementes de 18 genótipos de algodoeiro, cultivadas em três localidades distintas no Brasil. As análises de variância mostraram, tanto para o teor de óleo quanto para a composição dos ácidos graxos, diferenças significativas entre genótipos e entre locais, bem como significância para a interação genótipos x locais. Os genótipos FMT 523, FIBERMAX 966, IAC 06/205 e LD CV 22 destacam-se dos demais por possuir maior teor de ácidos oleico e palmítico e menor teor de ácido linoleico, o que os torna mais indicados para produção de biodiesel e uso como óleo de fritura, pela maior estabilidade oxidativa conferida por essa composição. Palavras-chave: Gossypium hirsutum; Óleo de algodão; Cultivares; Ácido oleico; Ácido linoleico

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