Abstract

Este artigo tem como objetivo contribuir para a compreensão das políticas de formação continuada para o uso das tecnologias digitais (TD), ofertadas aos professores da unidocência, pelo Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO), do estado de Mato Grosso. O trabalho tem natureza qualitativa e faz uso da análise documental; para complementação dos dados documentais foram realizadas entrevistas abertas com professores formadores e gestores que atuam ou atuaram nos CEFAPRO, caracterizando-se como estudo de caso. Para tanto, foram consultados documentos públicos disponíveis no site da Imprensa Oficial do estado de Mato Grosso (IOMAT), nos blogs dos CEFAPRO e da Coordenadoria de Formação em Tecnologia Educacional (CFTE) e site da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso (SEDUC-MT). Constatou-se que a formação para o uso pedagógico de tecnologias digitais nos processos de ensino e de aprendizagem no estado de Mato Grosso foi iniciativa do governo federal em parceria com os estados e municípios da federação. Os cursos de formação foram ofertados pelos CEFAPRO, no modelo semipresencial, abordando temáticas gerais do ensino e de informática sem considerar professores de nenhuma etapa escolar ou área do conhecimento. Os cursos faziam parte do Programa Nacional de Tecnologia Educacional – PROINFO Integrado, que foram Introdução a Educação Digital, Tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC e Elaboração de Projetos. Por meio das entrevistas, constatamos que os CEFAPRO aturam somente na execução do PROINFO, não tendo ofertado nenhuma formação, de sua autoria, para o uso das tecnologias digitais no ensino de Ciências que atendesse os professores unidocentes.

Highlights

  • A BNCC recomenda que o ensino de Ciências deva estar sempre relacionado à tecnologia e à sociedade, no sentido de formar sujeitos que sejam capazes de fazer uso desses conhecimentos de modo consciente e sustentável; assim como fazer juízo das vantagens e desvantagens e, a partir de então, terem iniciativa de tomada de decisão para resolver problemas relacionados ao meio em que se encontram

  • Na figura 2 verifica-se que nesta pesquisa os documentos tiveram como fontes o site da Imprensa Oficial do estado de Mato Grosso (IOMAT) e da SEDUC, blogs da SUFP, Coordination of Training in Educational Technology (CFTE) e CEFAPRO, enquanto que as entrevistas foram realizadas com professores da rede estadual de ensino que atuam ou atuaram na SUFP e/ou SEDUC, CFTE e CEFAPROS

  • This article aims to contribute to the understanding of the policies of continuous training for the use of digital technologies (TD), offered to teachers of the unidentified, by the Center for Training and Updating Basic Education Professionals (CEFAPRO), Mato Grosso State

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Summary

CIÊNCIAS NATURAIS NOS ANOS INICIAIS E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS

Segundo Delizoicov e Slongo (2011), o percurso da política educacional brasileira revela que o ensino de Ciências Naturais para os anos iniciais da Educação Básica tem uma trajetória ainda considerada muito recente. A BNCC recomenda que o ensino de Ciências deva estar sempre relacionado à tecnologia e à sociedade, no sentido de formar sujeitos que sejam capazes de fazer uso desses conhecimentos de modo consciente e sustentável; assim como fazer juízo das vantagens e desvantagens e, a partir de então, terem iniciativa de tomada de decisão para resolver problemas relacionados ao meio em que se encontram. Nas competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental, apenas uma se refere à tecnologia, no qual o sujeito, por meio do ensino de Ciências deve ser capaz de: Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científicotecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários Embora o PNAIC1 esteja direcionado somente aos três primeiros anos da Educação Básica, já se pode considerar uma iniciativa que pode ser estendida aos quarto e quinto anos do Ensino Fundamental

ASPECTOS METODOLÓGICOS
Triangulação de fontes de dados
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS

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