Abstract
A cultura ocidental é eminentemente logocêntrica, no sentido em que o logos – conceito e discurso racional – desempenhou um papel central no seu desenvolvimento. Com a emergência de um novo paradigma no século XX – centrado no pós-modernismo e na cultura digital – o modelo assente no privilégio logocêntrico começa a ceder, à medida que uma torrente imparável de imagens toma o seu lugar. Este trabalho questiona o tradicional modelo linguístico aplicado à interpretação das imagens, examinando, através da semiótica de Peirce, se estas são susceptíveis de significar autonomamente, e reflete sobre os mecanismos que alimentam tal processo. A partir da inextricável ligação entre a linguagem e a experiência visual, sugere-se que as figuras da retórica clássica poderiam enquadrar os alicerces de uma semiótica visual, providenciando uma teoria dos mecanismos da interpretação visual capaz de explicar todas as suas idiossincrasias.
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