Abstract
Este artigo dialoga com os dados de uma pesquisa etnográfica virtual, oriundos de um grupo focal online, realizado com 17 mulheres jovens usuárias do aplicativo Instagram. Analisa-se a produção de sentidos sobre as selfies enquanto práticas culturais implicadas em processos subjetivos e identitários. As análises elucidam o caráter narrativo e performático das selfies, mediante as quais os sujeitos experienciam a si mesmos e seus corpos em busca de visibilidade e aprovação social. O texto trata, ainda, sobre as visualizações, curtidas e comentários enquanto intencionalidades dessas práticas e os efeitos que produzem nas subjetividades. Conclui-se que a identidade se desloca da estabilidade para uma identidade que carrega traços da era hipermoderna: efêmera, volátil e experimental.
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