Abstract
O artigo tem por objetivo abordar as mediações do videoclipe da canção Vogue, de Madonna, buscando discutir o seu agenciamento de corporeidades periféricas em dois momentos: o primeiro, nos anos 80, quando o videoclipe se apropria e amplia a visibilidade da dança Voguing, praticado pela cena cultural LGBT nova iorquina; e o segundo momento, duas décadas depois, quando o videoclipe é, por sua vez, uma das referências para jovens dançarinos gays nas suas apresentações em alas das escolas de samba do carnaval carioca na atualidade. Assim, interessa-nos discutir as zonas de diálogo e de tensão entre performances locais e globais, tendo como aportes teóricos a discussão sobre “cosmopolitismo estético” (Regev, 2013) e sobre as divas pop como ícones culturais (Jennex, 2013), dentre outras referências.
Highlights
E que mencionam o videoclipe de Madonna ou suas derivações em clipes de dançarinos como Yanis Marshall,4 Leiomy5 e o grupo pop Kazaky,6 que perpetuam e disseminam o vogue a partir do YouTube como uma das referências para um conjunto de poses e gestos que desenvolvem em suas rotinas coreográficas
Assim, pensar no videoclipe de Madonna como mediador de um conjunto de imagens, gestos, poses e movimentos que se espraiam e são apropriados em inúmeras direções, entre elas a performance dos dançarinos da ala do Maculelê no Salgueiro
Summary
Se fizermos um corte para os anos recentes da segunda década de 2000, vamos encontrar dançarinos cariocas negros e homossexuais que utilizam passos do vogue durante suas apresentações em algumas alas das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro.
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