Abstract
Resumo Introdução O cuidado pré-natal é essencial para reduzir a morbimortalidade tanto de mulheres quanto de crianças, e a oferta deste serviço deve ser equânime aos diferentes grupos populacionais. Objetivo Testar a associação entre as características socioeconômicas de gestantes que realizaram pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS) e declararam insatisfação quanto ao cuidado recebido. Método Estudo transversal com 3.580 puérperas entrevistadas em 2019 em Santa Catarina, que registraram insatisfação autorrelatada acerca do pré-natal em geral e em aspectos específicos do mesmo. As prevalências e razões de chance dos desfechos foram calculadas segundo idade, estado civil, raça/cor da pele, renda e escolaridade. Resultados A prevalência de insatisfação geral das usuárias do SUS com o atendimento pré-natal foi de 11,4%, aumentando conforme as pacientes eram questionadas sobre aspectos específicos, em particular tempo de espera para consultas (44,9%) e estrutura física (20,4%). Mulheres pardas apresentaram mais chances de reportar insatisfação relativa à estrutura física, ao tempo de espera e ao acolhimento. Mulheres com menor escolaridade tiveram mais chances de insatisfação com o tempo de espera para atendimento e com o tempo de deslocamento. As mulheres de menor renda exibiram mais chances de insatisfação com estrutura física, tempo de espera, acolhimento e deslocamento. Conclusão É possível observar uma desigualdade socioeconômica relacionada à insatisfação do cuidado recebido no SUS pelas participantes do presente estudo, com piores condições para grupos mais desprivilegiados.
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