Abstract

Este estudo descreve o perfil sociodemográfico e farmacoterapêutico de pessoas transgênero de um ambulatório especializado em Sergipe, nordeste do Brasil. Esta investigação é uma pesquisa observacional, transversal e retrospectiva desenvolvida de janeiro a maio de 2022 com amostragem por conveniência. Os dados incluídos na análise foram o número de prontuário, idade, gênero, anos de estudo e estado civil. Também foram coletadas do prontuário eletrônico informações sobre o uso de medicamentos, como o tipo de hormonioterapia e outros medicamentos utilizados atualmente, prescritos ou não. A análise descritiva envolveu medidas de tendência central (média, mediana e desvio padrão). As pessoas transgênero incluídas no estudo (n=81) tinham até 29 anos (80%) (idade mediana de 26 anos), 70% (n=57) relataram o uso de hormonioterapia, sendo que 17% (n=10) desses relataram automedicação. A formulação mais utilizada foi o cipionato de testosterona 40,8% (n=20), seguido do acetato de ciproterona mais estradiol 20,4% (n=10). Cerca de 66,7% (n=38) dessas pessoas usavam outros medicamentos, como antidepressivos (32%; n=24). Por ser uma população minoritária que enfrenta constantemente situações de vulnerabilidade social, este trabalho contribuirá para uma caracterização mais detalhada dessa população do serviço investigado. Assim, órgãos públicos e organizações que atendem essa população podem obter mais informações sobre a diversidade que a compõe.

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