Macrofauna invertebrada da serapilheira em ambientes de montanhas no estado do Rio de Janeiro

Abstract

O conhecimento sobre o impacto gerado na atividade biológica nos solos é fundamental, visto que os organismos presentes desempenham papel essencial em diversos processos que ocorrem no ambiente edáfico. Esse estudo tem como objetivo avaliar o efeito de diferentes manejos na macrofauna invertebrada presente na serapilheira em ambientes de montanha do estado do Rio de Janeiro. Foram selecionadas duas áreas agrícolas, sendo uma cultivada com tomate (Solanum lycopersicum L.) e outra com milho (Zea mays L.), além de uma área de fragmento florestal. A amostragem de macrofauna invertebrada da serapilheira foi realizada a partir de um gabarito com 25 x 25 cm, sendo coletadas cinco amostras por área. Os organismos foram identificados e quantificados para estimar a densidade de indivíduos por metro quadrado e cálculo da frequência, riquezas e índices ecológicos. Além disso, os dados foram submetidos à análise de componentes principais (PCA). Nas áreas com cultivo de tomate e milho foram observadas baixas frequências da macrofauna invertebrada. A baixa densidade de grupos nas áreas de cultivo resultou em menores valores de riqueza e diversidade. Os valores observados nas áreas de cultivos, estão diretamente relacionados ao manejo adotado em ambas as áreas. Na área de floresta foram verificados valores de frequência, densidade, riqueza e índices ecológicos em conformidade com a estabilidade de um sistema natural. O sistema de manejo do solo, com cultivo convencional e utilização de agrotóxico, influenciou de forma negativa a comunidade de organismos da macrofauna da serapilheira.