Abstract

O capitalismo neoliberal globalizado e o consequente aumento do trabalho precário têm chamado a atenção para o trabalho das mulheres, particularmente das mulheres migrantes. As mulheres enfrentam uma situação de precariedade e vulnerabilidade, exigindo maior proteção por meio da solidariedade coletiva e da organização sindical. Entretanto, os sindicatos majoritariamente ocupados por homens consideram que as mulheres – sobretudo migrantes – são de difícil acesso e organização. Na realidade, é a rigidez dos sindicatos burocratizados e masculinizados e sua insuficiente flexibilidade que impede a construção de respostas às necessidades e formas de trabalho de 50% da força de trabalho. Portanto, cabe às próprias mulheres encontrar outras formas de organização e, ao mesmo tempo, pressionar os sindicatos tradicionais a responder às suas demandas. O sindicalismo do movimento social, especialmente no Sul global, mostra como isso pode ser feito. E em nível local, há exemplos crescentes de mulheres se organizando em suas comunidades, a partir de enclaves étnicos e religiosos. Neste artigo, são examinadas questões-chave e alguns exemplos de organização de mulheres, como a International Domestic Workers Federation: a primeira organização sindical global do mundo dirigida por mulheres. A vanguarda feminina pode ser vista como líder em novas formas de organização.

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