Abstract

As mudanças climáticas afetam os ecossistemas e populações de maneira desigual, com os povos indígenas entre os mais afetados. Partindo da premissa de que os povos indígenas não só enfrentam desproporcionalmente os impactos das mudanças climáticas, mas também possuem um papel crucial na adaptação e mitigação a esse processo, nosso artigo discute a importância de não somente enxergarmos os indígenas como ‘vulneráveis’ ao fenômeno climático, mas também de reconhecer, respeitar e incorporar seus conhecimentos tradicionais como fundamentais para discutirmos as questões ambientais. Argumentamos que, para de fato alcançarmos uma justiça climática, é fundamental incorporar os saberes indígenas no discurso climático, descolonizando as discussões e buscando a redistribuição de ônus e benefícios. Isso requer uma mudança epistemológica, que só é possível de acontecer com a maior participação dos povos indígenas nas negociações em âmbito global.

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