Abstract

O objetivo deste trabalho foi analisar, comparativamente, o desempenho dos produtores de café do Cerrado mineiro e do sudoeste do estado, de acordo com o retorno obtido e o nível de risco. Dadas as opções estratégicas adotadas nessas duas regiões, a diferenciação e os custos foram enfatizados. As margens e os potenciais de perda dos dois grupos de cafeicultores foram mensurados, o que permitiu apresentar uma relação entre risco e retorno. Os retornos foram estimados por um índice que relaciona custos e preços - margem operacional -, e a análise de riscos foi realizada a partir das estimativas do Value at Risk. Os resultados indicaram que os produtores do Cerrado, além de terem obtido melhores retornos, apresentaram menores perdas potencias que os do sudoeste. Os resultados favoráveis aos cafeicultores do Cerrado foram relacionados às diferenças dos custos produtivos e da qualidade do café. Incrementos na qualidade do produto e melhorias na gestão do processo produtivo foram os aspectos considerados relevantes para melhorar o desempenho do produtor do sudoeste. Já em relação à cafeicultura do Cerrado, destacou-se a importância de manter os esforços ligados à diferenciação e à produtividade.

Highlights

  • Historicamente, o mercado brasileiro de café foi marcado pela intervenção governamental

  • Caso determinado produtor do sudoeste queira atuar no segmento de cafés especiais, além da adequação dos custos produtivos, é imprescindível o conhecimento de características valorizadas pelo mercado para, posteriormente, avaliar as condições produtivas da região e da propriedade específica, com vistas em identificar a viabilidade de atender à demanda potencial

  • ZYLBERSZTAJN, D.; FARINA, E.M.M.Q. Projeto: diagnóstico sobre o sistema agroindustrial de cafés especiais e qualidade superior do estado de Minas Gerais

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Summary

Introdução

Historicamente, o mercado brasileiro de café foi marcado pela intervenção governamental. Devem-se englobar as questões sobre o produto e o mercado, de modo que a diferenciação e o gerenciamento dos custos produtivos podem ser vistos como essenciais para o desempenho do produtor, em relação aos riscos e aos retornos. De acordo com Saes (2006), a estrutura do mercado de café, historicamente, é baseada na comercialização de commodities, de modo que, por muito tempo o mercado funcionou segundo a lógica da concorrência perfeita, com o preço como único critério capaz de garantir ganho ao produtor, em uma competição pelos consumidores. Segundo Leite (2005), nos mercados de cafés diferenciados a remuneração pelo produto se dá de acordo com a qualidade, o que reduz a vulnerabilidade dos produtores. Portanto, uma expressiva relação entre a diferenciação e os custos, e um efeito desses sobre os retornos e riscos da atividade

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