Abstract
A psoríase é uma doença crónica inflamatória, sistémica, não contagiosa e recorrente, que afeta a pele e/ou articulações. É muito comum, atingindo cerca de 1 a 3% da população mundial, sendo a sua etiologia multifatorial. Apesar de se poder apresentar sob diversas variantes clínicas, a psoríase em placas ou vulgar é a mais comum, tendo cerca de 20% dos doentes a forma moderada a grave da doença. Com o tratamento convencional, alguns pacientes experimentam perda de eficácia, efeitos colaterais ou resposta insuficiente, pelo que nas últimas décadas, com o avanço dos conhecimentos da fisiopatologia da psoríase, foram desenvolvidos fármacos com alvos cada vez mais específicos.O objetivo deste trabalho é apresentar os novos tratamentos para a psoríase em placas, na sua variante moderada a grave em adultos.Para a elaboração deste artigo foi realizada uma revisão de literatura na base de dados pubmed e ClinicalTrials.gov para informação acerca dos fármacos já aprovados, assim como resultados de ensaios clínicos das terapias sistémicas emergentes atualmente em fase III.Os inibidores do TNF-α, uma classe pioneira dos biológicos aprovados para esta doença, têm sido utilizados desde há vários anos com sucesso. No entanto, também apresentam limitações, pelo que tem sido realizada uma investigação clínica focada na procura de novos alvos terapêuticos. A descoberta da participação da via IL-23/Th17 na psoríase abriu caminho para o desenvolvimento de novos fármacos imunomoduladores, com resultados encorajadores que validam o papel pro-inflamatório desta via na doença. Também novos fármacos disponíveis via oral, as pequenas moléculas, estão em desenvolvimento para o tratamento de psoríase.Na prática, não há um tratamento que seja o mais correto para todos os doentes com psoríase em placas moderada a grave, em termos de eficácia, segurança, regime de dosagem e via de administração.Apesar dos novos fármacos ainda terem um longo caminho a percorrer até serem aprovados, eles representam uma promessa de tratamento mais direcionado, eficaz e seguro, com menor interferência com outras funções biológicas e melhor controlo da doença.
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