Retocolite ulcerativa: perspectivas em diagnóstico, manejo e pesquisa

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A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta predominantemente a mucosa do cólon e do reto, caracterizando-se por um padrão inflamatório ascendente e contínuo. Sua fisiopatologia envolve uma resposta imunológica exacerbada contra componentes luminais, resultando em inflamação persistente e dano tissular. A interação entre predisposição genética, alterações na microbiota intestinal e fatores ambientais, como dieta e estilo de vida, desempenha um papel crucial na sua patogênese. Embora a etiologia exata ainda não esteja completamente elucidada, evidências apontam para um desequilíbrio entre mecanismos imunorregulatórios e fatores externos. As manifestações clínicas da RCU variam conforme a extensão e gravidade da doença, podendo incluir diarreia crônica com sangue, dor abdominal, urgência evacuatória, tenesmo e perda de peso. Em casos mais graves, podem surgir complicações como megacólon tóxico, perfuração intestinal e risco aumentado de câncer colorretal. O diagnóstico baseia-se em uma combinação de história clínica, exames laboratoriais, colonoscopia com biópsia e testes de imagem, permitindo a diferenciação de outras doenças intestinais. O tratamento da RCU envolve o uso de anti-inflamatórios, imunossupressores e terapias biológicas, além da adoção de estratégias individualizadas para minimizar os sintomas e prevenir recorrências. Em casos refratários, a cirurgia pode ser necessária. A nutrição desempenha um papel essencial no manejo da doença, sendo importante manter uma alimentação equilibrada para reduzir deficiências nutricionais e modular a resposta inflamatória. O prognóstico da RCU depende da gravidade e da resposta ao tratamento, podendo variar de controle satisfatório com terapia medicamentosa até complicações graves que requerem intervenção cirúrgica. As direções futuras incluem o desenvolvimento de novas terapias biológicas, estudos sobre o papel da microbiota intestinal e abordagens personalizadas para otimizar o tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.