Abstract

O objetivo central do artigo foi identificar as relações de precedência temporal no âmbito da produção industrial no período 1975-2003 por meio de testes de causalidade Granger, em que foi utilizada a classificação por categorias de uso (bens intermediários, não duráveis de consumo, duráveis de consumo e de capital). Em particular, buscou-se verificar se as relações de liderança e defasagem que se apresentaram com clareza durante o “milagre brasileiro” persistiram durante o período em questão. Na ocasião, quando o desaquecimento na demanda por duráveis arrastava os demais setores, a acumulação e a produção corrente na indústria de bens de capital finalmente cresciam. Isso foi interpretado como sendo um problema de realização dinâmica ou demanda efetiva. Os principais resultados do presente estudo emergiram de um modelo de vetores autorregressivos com mecanismo de correção de erro (VEC) e indicaram que a produção na indústria de bens de capital secundou os movimentos em bens de consumo duráveis no período, reproduzindo em larga medida o padrão observado durante o “milagre”. Assim, o consumo conspícuo pareceu conduzir a indústria e a economia em seu conjunto por espasmos de crescimento.

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