Abstract

Este ensaio tem o objetivo de apresentar algumas considerações sobre a relação práxis e corporeidade, tendo como ponto de partida o estudo das concepções de corpo que marcaram os processos educativos a partir do século XIX e a constituição da Educação Física como atividade disciplinatória. Na análise histórico-crítica desses discursos sobressaem aspectos pedagógicos que, no contexto escola-capital-trabalho, apontam para a superação da visão maquínica do corpo por meio de uma práxis transformadora e de uma corporeidade ativa do sujeito. Assim, a reflexão aqui proposta pretende contribuir com os estudos da corporeidade e constitui aporte de uma pesquisa em andamento que investiga a abordagem do corpo na formação dos cursos técnicos profissionais.

Highlights

  • Luciana Braga de Oliveira Freire ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3080-7051 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Brasil

  • This essay aims to present some considerations about the relation praxis and corporeity, starting from the study of the body conceptions that marked the educational processes from the nineteenth century and the constitution of Physical Education as a disciplinary activity

  • Porcentagem de contribuição de cada autor no manuscrito Luciana Braga de Oliveira Freire – 50% Patrícia Feitosa Ribeiro Lima – 50%

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Summary

Introdução

A discussão que pretendemos iniciar tem por objetivo abordar as concepções sociais de corpo e as raízes da Educação Física como prática corporal constituída sob orientação disciplinatória e higienista ao longo da história recente, considerando nessa articulação o conceito de práxis como vetor de transformação social e o de corporeidade como dimensão sensível, totalizante e fecunda do ser humano. Percepção e motricidade, como expressões do corpo vivo, são indissociáveis das situações de aprendizagem e das ações do sujeito, o que nos leva a pensar o lugar da Educação Física nas práticas corporais e os processos disciplinares que sobre o corpo recaíram de forma institucional e modelar. Entendendo a trajetória das construções sociais em torno do corpo e sua captura por essas representações, enfatizar sua autonomia em relação aos discursos e às investidas disciplinatórias sobre ele, é tarefa fundamental para a passagem a uma corporeidade que contemple as múltiplas dimensões do sujeito

Metodologia
Concepções do corpo no contexto da sociedade de produção capitalista
A Educação Física e o corpo normatizado
A Educação Física: práxis e corporeidade
Considerações finais
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