Abstract

Este texto pretende refletir acerca dos discursos veiculados e produzidos por um elemento textual peculiar da imprensa feminina: os testes. O estudo fundamenta-se nos pressupostos de gênero e de alguns conceitos dos estudos foucaultianos. Pretende discutir os enunciados expressos na imprensa (revistas Capricho e Cláudia) com a temática da feminilidade e da sexualidade nas primeiras décadas da segunda metade do século XX. Os testes, mediante enunciados prescritivos e normalizadores, revelaram ser instrumentos de dispositivos pedagógicos com o objetivo de "conduzir as condutas" femininas, uma vez que se tornam capazes de provocar o exame e a confissão, tornando o discurso da intimidade visível e verbalizado. Indicam conceitos de "verdade", apoiados em códigos morais e, especialmente, em preceitos fundamentados em teorias científicas a respeito da conduta feminina. O conceito de verdade está ligado a sistemas de poder, que apontam para regimes não necessariamente negativos ou repressivos, mas, fundamentalmente, produtivos, porque incitam à reflexão e propiciam possibilidades de trabalho pessoal.

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