Abstract

Há uma produção bastante relevante do campo de estudos mulheres/relações de gênero na Educação de Jovens e Adultos, mas ainda minoritária e bastante reduzida no que tange às violências contra as mulheres. Em cada uma das 14 turmas semestrais do Ensino Fundamental 1 da EJA de uma escola em São Paulo entre 2017 e 2023, havia 2 a 4 educandas que viveram situações de violência por seus ex-companheiros. Algumas educandas também sofreram violências na infância e pré-adolescência e situações de trabalho análogo à escravidão quando crianças. A constante valorização da fala e das diversas formas de expressão das educandas, a compreensão de poemas e outros textos literários de autoras brasileiras com essas temáticas, a escrita autoral de textos diversos, em especial de suas biografias, são algumas das atividades descritas no artigo. Os depoimentos das educandos têm imensa gravidade e ajudam-nos a compreender como as mulheres vão construindo estratégias de resistência, muitas vezes individualmente, assim como a trazer contribuições sobre o papel da escola, especialmente na EJA, em promover reflexões e atividades específicas sobre as relações sociais de gênero e a superação das violências.

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