Abstract

Este artigo tem por objetivo analisar relações do fenômeno denominado de pós-verdade e a interação de agentes epistêmicos com a grande quantidade de desinformação disseminada nas mídias sociais. Considerando o contexto histórico-social e as pesquisas voltadas a entender a propagação de desinformação e manipulação de opinião pública, interações entre usuários e os vieses cognitivos envolvidos no processo, será observado o status epistêmico do conteúdo informativo nas mídias bem como de seus agentes, avaliando seus modos de formação de crenças e a confiabilidade entre os integrantes dos denominados grupos epistemicamente perniciosos nestas mídias. Consequentemente, a partir desta investigação, traremos críticas construtivas às abordagens contidas na literatura e duas soluções: uma dentro de políticas educacionais por meio de disciplinas voltadas ao entendimento crítico e engajado das tecnologias da informação; outra na área da Retórica, com a implementação do que denominamos de graus de persuasão de um agente epistêmico com relação a outro, seu grau de separação e do modo de apresentação do conteúdo informativo envolvido em seu argumento. Esta contribuição pode ter impacto prático direto no solapamento desta estrutura de propagação de desinformação, impacto teórico relativo a aspectos dialógico-argumentativos, e em áreas como Epistemologia Social.

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