Abstract
O objetivo desse estudo é analisar processos históricos de construção de prioridades no campo da Saúde Pública no Brasil, verificando sua relação com o biopoder, assim como analisar os modos como a noção de vulnerabilidade vem sendo usada para nomear prioridades no campo da Saúde Pública. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com fontes documentais, partindo de documentos públicos e da revisão de literatura. Nos baseamos na genealogia proposta por Foucault que envolve uma verificação da correlação entre campos de saberes, tipos de normatividades e modos de subjetivação. Verificou-se que a Moléstia, o Caso, o Risco, a Crise, o Perigo e a Vulnerabilidade constituíram definições de prioridades distintas em momentos historicamente datados. A cada momento dispararam intervenções diferentes sobre indivíduos e coletivos, produzindo diferentes efeitos sobre cada um deles. Em determinados momentos historicamente datados, certos usos da noção de vulnerabilidade se correlacionam com estratégias biopolíticas de inserção da vida em cálculos econômicos, e em outros, com a busca pela garantia dos Direitos Humanos no campo da saúde.
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