Abstract

O presente trabalho tem o objetivo inicial de apresentar resumidamente como três correntes da teoria econômica visualizam os mercados financeiros e a precificação de ativos. Em seguida, o artigo discute as principais diferenças entre essas correntes, bem como alguns de seus pontos de convergência. Argumenta-se que muitas das discordâncias nas percepções do papel e da eficiência dos mercados financeiros ocorrem em função de três questões básicas: qual o principal objetivo dos agentes no mercado financeiro, qual o grau de racionalidade do seu comportamento e qual a importância da incerteza frente ao risco. Além disso, existem diferenças importantes em relação às questões que cada teoria se propõe a responder, tornando o objeto de estudo dessas correntes por vezes distinto. Procura-se, então, avaliar quais são os objetivos específicos dessas três correntes, bem como o impacto do realismo das hipóteses consideradas por cada linha teórica sobre a obtenção de resultados concretos. Observa-se que a teoria convencional das finanças, no que se refere aos modelos de avaliação de portfolios, tem grande aplicação prática, especialmente para os gestores de fundos de investimentos e carteiras de ativos. A teoria pós-keynesiana, por outro lado, enfatiza a relevância dos fatores psicológicos e comportamentais dos agentes nas operações do mercado, especialmente nas que envolvem elementos especulativos. Nesse sentido, a teoria pós-keynesiana, em conjunto com as finanças comportamentais, apresenta maior aderência com a realidade observada no funcionamento dos mercados financeiros. Não obstante, devido à complexidade gerada pelas hipóteses adotadas pelos pós-keynesianos, sua capacidade de entregar resultados objetivos obtidos a partir de modelos formais é bastante limitada.

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