POTENCIAIS E LIMITAÇÕES PARA O USO DAS NANOPARTÍCULAS DE PRATA EM CURATIVOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

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A prata tem sido utilizada na medicina há séculos devido às suas propriedades antimicrobianas. Seu uso em curativos popularizou-se por sua capacidade de prevenir e tratar infecções, acelerar a cicatrização e promover a regeneração tecidual. Esta revisão integrativa objetivou analisar os potenciais e as limitações do uso das nanopartículas de prata em curativos, buscando responder à questão: quais os benefícios, as limitações e os desafios relacionados à aplicação da prata no tratamento de feridas? A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Web of Science, LILACS e SciELO, com os descritores "prata", "curativo", "cicatrização" e “antimicrobianos”. Foram incluídos 06 artigos publicados entre 2019 e 2024. Os resultados indicaram que a prata apresenta benefícios significativos, como ação antimicrobiana eficiente contra diversos microrganismos, redução da inflamação e estímulo à angiogênese. Tecnologias recentes, como nanopartículas de prata, mostraram potencial para melhorar a biodisponibilidade e estabilidade dos agentes antimicrobianos, além de proporcionar entrega direcionada e controlada de medicamentos, otimizando sua eficácia terapêutica. Contudo, foram identificados desafios, como a toxicidade em altas concentrações, a possibilidade de reações imunológicas adversas e dificuldades na produção em larga escala. O custo elevado de algumas formulações e a falta de regulamentação específica para nanopartículas também foram destacadas como barreiras. Conclui-se que a prata desempenha um papel relevante no tratamento de feridas, mas seu uso deve ser criterioso, considerando seus benefícios e limitações. O desenvolvimento de tecnologias como curativos com liberação controlada e o uso combinado com outros agentes antimicrobianos é promissor para otimizar a eficácia terapêutica e minimizar riscos. Pesquisas futuras devem focar na segurança, acessibilidade e regulamentação das nanopartículas de prata.