Abstract

Nos universos da educação à arte, as pessoas com deficiência ainda sofrem intermináveis processos de exclusões nas áreas arquitetônicas, espaciais, metodológicas, afetivas e atitudinais, mesmo com a legalidade garantindo seus direitos. O objetivo deste artigo é compreender, ainda que de forma introdutória, o porquê de os direitos da pessoa com deficiência ainda não serem postos em prática socialmente. Para isso, parte-se do relato de dois artistas com deficiência, com o intuito de compreender alguns aspectos dos processos de silenciamento que as pessoas com deficiência vivenciam, e como isso é performado social e culturalmente. A trajetória do texto propõe uma breve descrição sobre os movimentos sócio-políticos de lutas por direitos civis de grupos minoritários, buscando encontrar semelhanças com a luta das pessoas com deficiência e como essa luta reverbera na cena artística desses dois sujeitos, para, então, pontuar possibilidades de performances culturais e artísticas trazidas nas trajetória dos artistas. Essa trajetória é o ponto central desta reflexão, que tem como recursos metodológicos o relato dos artistas, a observação participante e a práxis como um recurso de análise. Essa busca expressa a importância de levantar algumas questões sobre os processos de exclusões relatadas pelos próprios sujeitos, em busca de reflexões e caminhos trilhados e a se trilhar, para assim pensar no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e menos capacitista.

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