Abstract

Na década de 1970, instigando concepções entabuladas nos anos precedentes, Ernesto de Sousa advoga “por uma revolução total”, que deveria repercutir-se em todos os campos da sociedade. Com o intuito de subverter as normas instituídas, Ernesto de Sousa conduz os processos artísticos sob a sua alçada numa extensão política, pro­cedendo tanto a uma revisão de nomenclaturas linguísticas, substituindo, por exemplo, o termo artista pelo de ope­rador estético; como na abertura das obras ao espectador, activando-o como elemento constitutivo das mesmas. Estas transformações situam-se na sua maioria em confronto com a burguesia, que, dentro do seu espectro teórico, abarca tanto o mercado artístico como o regime fascista, que perdurou até 1974. O programa que engloba estas considerações atravessa, neste sentido, diversos momentos históricos em território nacional, procurando sempre reflecti-los e abarcá-los na promoção de uma sociedade mais livre e igualitária.

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