Abstract

De acordo com antropólogas/os latino-americanas/os, algumas das características que as antropologias feitas em nossa região têm em comum são a relação entre a produção teórica e a ação social, a atitude reflexiva de responsabilidade social, a postura crítica de compromisso político e as propostas teórico-metodológicas contra as formas imponentes dos colonialismos internos. Esse artigo começa com uma digressão sobre a maneira como, no Brasil, grande parte de nossas relações sociais se baseiam de forma insistente (ainda) em ideologias, percepções, sensibilidades, práticas e posturas marcadamente colonialistas que acabam por incidir sobre o fazer antropológico. Em seguida, trata-se do desenvolvimento da antropologia brasileira nesse contexto, com ênfase nos últimos passos dessa trajetória e a tenacidade de formas bem particulares de colonialismos internos, inclusive intelectuais e acadêmicos. Enfim, aborda-se muito rapidamente o potencial que os estudos sobre a diversidade sexual e de gênero e os movimentos sociais que os impulsionam podem ter para um questionamento mais profundo que poderia e deveria desembocar em utopias emancipadoras e anticoloniais para um mundo melhor.

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