Abstract

Este trabalho investiga o caso de uma escola indígena da etnia Guarani Mbya, situada no litoral catarinense, que, em vista da falta de políticas no âmbito do Estado, tem promovido suas próprias políticas linguísticas internas – ou, como temos considerado, políticas de tradução –, as quais estão baseadas nas crenças sobre tradução da própria comunidade escolar. O contexto de pesquisa, portanto, envolve a referida escola indígena e seu quadro de funcionários, formado majoritariamente por professores não indígenas e que, em vista disso, dispõe de intérpretes que acompanham as aulas e fazem a mediação entre os professores não indígenas e os estudantes indígenas. Os dados foram gerados por meio de observação participante e de entrevistas com membros da comunidade escolar. Dentre os resultados desta pesquisa, contatou-se que em se tratando da esfera estatal as políticas linguísticas para promoção do multilinguismo são falhas ao não considerar as políticas de tradução das línguas, ao passo que, por iniciativa, da própria comunidade linguística, existe uma demanda que favorece a promoção dessas políticas no domínio local.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call