Abstract

A proposta de um dossiê tendo como temática a obra fundamental de Paulo Freire (1921-1997), intitulada Pedagogia do Oprimido, não só se faz oportuna como necessária. Passados 50 anos da publicação dessa obra, um marco na produção freireana, vivemos no Brasil, atualmente, um período de estranhos ressurgimentos. Ressurgimentos de discursos e de práticas autoritárias, de incentivo à intolerância, ao ódio, de manifestações populistas e, em muitos casos, de orientação fascistizantes. Nossa intenção com este texto é fazer uma reflexão de caráter teórico-epistemológica sobre o legado freireano, em geral, e, em particular, sobre a atualidade da Pedagogia do Oprimido (1970). Em contraponto aos brados obscurantistas que chegam a propor a “expulsão” das proposições freireanas da educação brasileira, propomos vida longa à Pedagogia do Oprimido, entre educadores(as) desse tão mal tratado país, onde a “Malvadeza” das elites reacionárias – como dizia Freire – insiste em produzir injustiças.Com este texto, não queremos muito, queremos um pouco, de diálogo, mais tolerância, um pouco de esperança, um pouco de alegria no fazer docente e generosidade entre as pessoas. Como na última frase do Pedagogia do Oprimido, um pouco de “fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar”.

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