Abstract

Propõe-se uma reflexão crítica inicial sobre as modificações no modo de avaliar crianças pela Psicologia na atualidade, na qual parece estar caindo em desuso o modelo de avaliação próprio da psicologia  - o psicodiagnóstico – e, em lugar dele, estar assumindo ou o substituindo, a avaliação neuropsicológica. Esta última, é solicitada frequentemente por neurologistas, para onde, atualmente, crianças com alguma desordem ou desadaptação escolar têm sido encaminhadas pelas escolas, e retornam diagnosticadas com transtorno do neurodesenvolvimento. A partir de uma postura hermenêutica-compreensiva, fundamentada na Psicanálise, Psicologia, Filosofia e Sociologia, objetiva-se enlaçar o tema às categorias de sujeito neoliberal, sujeito cerebral e neurocultura, problematizando a influência do DSM-V. Discute-se o sentido do acréscimo do prefixo psico à sexualidade, feito por Freud em 1905, desamarrando a sexualidade da suposta determinação biológica e, atualmente, o registro de uma espécie de retorno ao neurocentrismo. Ao final, propõe-se alternativas a partir do psicodiagnóstico interventivo e subjetivante.
  

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