Abstract

Durante décadas, a história do cinema português não foi feita por historiadores ou académicos das ciências sociais e humanas, mas por curiosos, entusiastas e autores que estavam comprometidos com o próprio objeto. Foi, portanto, com alguma naturalidade que esses primeiros escritos, apesar de uma importância fundamental na recolha e inventariações das fontes, promovessem a criação de mitos que, de forma mais implícita ou explícita, manipulavam o passado do cinema português e condicionaram a sua construção histórica.Este dossiê temático reúne quatro ensaios que analisam e refletem sobre diferentes ideias e conceções de Cinema Português que foram sendo esboçadas em ações, textos e filmes ao longo das décadas. O propósito deste dossiê não é responder às perguntas, mas aproveitá-las para rever ideias feitas e também para lançar hipóteses de leitura para problemáticas clássicas e atuais na história do cinema português.

Highlights

  • Seria o primeiro proto-historiador do cinema português ao escrever o primeiro esboço de uma história do cinema português, uma pequena separata intitulada “Panorama histórico do Cinema Português”, datada de 1946, que percorre, ao longo de 44 páginas, o percurso do cinema português desde Aurélio da Paz dos Reis (1896) até 1944.

  • Não se pode ignorar que a maioria dos seus escritos foram patrocinados por entidades oficiais e, por isso, a sua análise do cinema português enquadra-se num quadro promovido pelo regime sobre o cinema português que reproduz muito das ideias e projetos de António Ferro.

  • Félix Ribeiro conceptualizou uma visão sobre a história do cinema português dos primeiros cinquenta anos que, na sua essência, vigora até hoje na generalidade das principais publicações historiográficas portuguesas sobre o período.

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Summary

Introduction

Seria o primeiro proto-historiador do cinema português ao escrever o primeiro esboço de uma história do cinema português, uma pequena separata intitulada “Panorama histórico do Cinema Português”, datada de 1946, que percorre, ao longo de 44 páginas, o percurso do cinema português desde Aurélio da Paz dos Reis (1896) até 1944. Não se pode ignorar que a maioria dos seus escritos foram patrocinados por entidades oficiais e, por isso, a sua análise do cinema português enquadra-se num quadro promovido pelo regime sobre o cinema português que reproduz muito das ideias e projetos de António Ferro.

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