Abstract

O presente artigo tem como objetivo principal discutir o gênero discursivo multissemiótico ciberpoema. Para tanto, propõe-se um percurso histórico para o entendimento da migração da poesia visual para o espaço virtual. Observa-se o abandono de alguns elementos estruturais da poesia canônica em detrimento de uma poesia (re)configurada num processo virtual e multissemiótico, no qual a materialidade plástica do texto vai além da palavra escrita e seu conteúdo semântico. São analisados três ciberpoemas de Augusto de Campos – Criptocardiograma, Semsaída e ininstante, bem como o ciberpoema Poemas no meio do caminho, de Rui Torres e Worthy Mouths, de Maria Mencia. Depreende-se, então, que o poeta, utilizando-se das tecnologias digitais, arrebanha no espaço virtual a integração simultânea da palavra, do movimento, do som, da imagem, a partir do momento que convoca a intervenção lúdica e inteligente do leitor para a composição e a construção de múltiplos significados a serem extraídos do ciberpoema.

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