Abstract

O fenómeno da subida do clítico é amplamente referido na literatura como uma propriedade dos complexos verbais seja na construção de reestruturação (Rizzi 1982) seja na construção Fazer-Inf (Kayne 1975). Através de um estudo quantitativo a partir de três textos literários, este trabalho tem como objetivo descrever a colocação dos pronomes clíticos em português antigo. São inspecionados dois contextos específicos: i) complexos verbais de reestruturação (para identificar quais os verbos que a permitiam em português antigo) e ii) orações de infinitivo simples e flexionado preposicionadas (para verificar se a preposição é determinante para a posição do clítico, partindo das assunções feitas por Martins 1994 de que, ao longo do século XIII e na primeira metade do XIV, havia instabilidade no padrão de colocação dos pronomes clíticos). No final, verificar-se-á que o padrão de colocação dos pronomes clíticos nas orações de infinitivo simples introduzidas por preposição contribui para a clarificação da fidelidade das cópias tardias de dois textos originais do século XIII.

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