Abstract

Para compreendermos o espaço em que atuam os intelectuais latino-americanos na atualidade é necessário realizar uma revisão sobre a constituição desse campo, dela extraindo, para análise crítica, a relação entre o capitalismo e o desenvolvimento das ciências e das instituições acadêmicas. A naturalização do racismo epistêmico ajudou a estruturar o eurocentrismo e seus binômios hierarquizantes dentro do capitalismo moderno, sendo esta uma característica ainda marcante nos âmbitos de produção de conhecimento, seja na pesquisa ou na docência, hoje fortemente condicionados pelas diretrizes do neoliberalismo transnacional. É diante dessa explanação histórica que a posição dos intelectuais latino-americanos na estrutura acadêmica, marcada pelo paradoxo dominados-dominadores, deve ser analisada. O engajamento deles na abertura das universidades, via uma educação intercultural, crítica, dialógica e horizontalizada será defendido como forma de superação desse paradoxo rumo a um pensamento mais autônomo e representativo das realidades locais da América Latina.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call