Abstract

O presente artigo é fruto das pesquisas realizadas em educação do campo e pedagogia da alternância, na estreita articulação com os movimentos sociais, numa perspectiva histórica e emancipadora, desenvolvida no PPGEA – Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola, da UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Nosso objetivo principal foi compreender o processo de construção das experiências dessa Pedagogia da Alternância na Escola Municipal de Agroecologia Vale do Tinguá, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, e suas interfaces com as relações humanas. A pesquisa documental foi desenvolvida em acervos bibliográficos e entrevistas com os educadores que atuam na Escola. Entre as fontes de investigação, utilizamos legislações, portarias, decretos e referenciais teóricos sobre Pedagogia da Alternância e educação do campo nos movimentos sociais, em especial, Begnami (2004); Gimonet (2007); Freire (2002); Molina (2006) e Caldart (2012). Os resultados mostram que a educação do campo, além de constituir um universo imensurável de sabedorias na área das Ciências Humanas e Sociais, contribui na resistência da classe oprimida, tendo em vista que os saberes tradicionais e plurais dos povos do campo foram, por algum motivo, silenciados, soterrados e esquecidos, em detrimento dos interesses do capital hegemônico opressor. Cabe aos educadores, educandos e movimentos sociais, em favor dos oprimidos, desenvolverem pesquisas que colaborem com o empoderamento da classe trabalhadora camponesa.

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