Abstract

O presente estudo versa sobre a narrativa da nação como representação coletiva tematizando a violência e o trauma contra o povo guineense. O texto permite o encontro entre discursos coloniais, preconceitos e efeitos traumáticos sobre a identidade africana, indagando o quanto os projetos e sonhos nacionalistas na Guiné-Bissau foram realmente alcançados e como o passado contribuiu para a instabilidade política e os falhanços econômicos vivenciados na contemporaneidade. Neste sentido, tomamos por corpus de análise a obra ficcional A Última Tragédia de Abdulai Sila (2002), voz de uma sociedade complexa e atual, cujos textos abordam especificamente a tentativa de constituir uma reflexão sobre a identidade nacional e a história dos guineenses em contextos pós-coloniais. A produção artística – aqui particularmente a literatura – surge como parte do processo de consolidação de identidades, por meio de seu caráter de representação. A Última Tragédia de Abdulai Sila (2002) parece buscar num passado ainda vivo e presente, as respostas que justifiquem a origem das adversidades comuns do país na atualidade.

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