Abstract

Análise da legalização dos alimentos transgênico no Brasil diante dos riscos e mecanismos de  controle em relação à produção e comercialização dos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).  Para tanto, realizou-se revisão bibliográfica. A Lei de Biossegurança  nº 11.105  de   24 de março de 2005,  legalizou a produção de OGMs no Brasil,  inicialmente autorizando o plantio da soja geneticamente modificada; desde então, a norma vem sendo adaptada à necessidade de segurança da saúde humana e do meio ambiente. Serão abordadas as deficiências das pesquisas científicas para apuração da segurança do meio ambiente e dos consumidores, assim como a receptividade destes alimentos geneticamente modificados no mercado.  Como o Estado Democrático de Direito é responsável pela tutela do meio ambiente e saúde dos seres humanos,  será analisado o caminho percorrido sob a óptica da  Bioética e Biodireito.  Em suma, discute-se  problemas referentes a insuficiência de pesquisas científicas quanto a   produção de OGMs e segurança alimentar,  os riscos de   exposição do meio ambiente e do homem a um dano irreversível, a necessidade econômica  e tutela do Estado em observância ao desenvolvimento sustentável.

Highlights

  • CAMARA, Maria Clara Coelho et al Transgênicos: avaliação da possível segurança alimentar através da produção científica

  • This article analyses the legalization of transgenic food in Brazil in the face of risks and control mechanisms for production and commercialization of Genetically Modified Organisms (GMOs)

  • The Democratic State of Law is responsible for the environment protection and human health, this article adopts the Bioethics and Biolaw perspectives

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Summary

INTRODUÇÃO

Com a descoberta do ADN/DNA em 1944 pelo médico norte-americano Oswald Theodore Avery, foi possível que outros estudiosos descobrissem o código genético, possibilitando a manipulação dos genes (RODRIGUES, 2003, p.102) e, consequentemente, a estrutura genética de organismos vivos, alterando algumas espécies e criando novas, como é o caso dos transgênicos. Outra preocupação que norteia a temática está na insuficiência de pesquisas referentes aos riscos de produção de OGMs em relação ao meio ambiente, destacando-se a poluição genética, surgimento der superpragas e danos a espécies circundantes, os quais poderiam ser irreversíveis e o comprometer o desenvolvimento sustentável. Cabe a sociedade em geral e a sociedade científica apurar qual seria a melhor posição ética, frente aos riscos esperados ou não da produção transgênica, pois, se por um lado esta representa competitividade e evolução, por outro pode representar o fim de espécies animais e vegetais, uma ameaça à saúde humana e ao meio ambiente e a convivência pacífica entre este e aquele. A bioética, representando a ética da vida, tem um importante papel na análise racional dos avanços tecnológicos em relação à segurança, baseada no princípio da precaução, bastante utilizado na discussão da liberação ou não de produção e comercialização de Organismos Geneticamente Modificados. Desta forma, a questão do desenvolvimento sustentável depende tanto do conhecimento científico, como da incessante persecução dos técnicos das ciências jurídicas, de modo que o avanço tecnológico seja pautado na segurança e preservação de ambiente saudável

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A COSMOVISÃO ANTROPOCÊNTRICA
Findings
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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