Abstract

Este artigo descreve um relato de experiência acerca dos processos psicossociais vivenciados na ONG Raízes do Norte Goiano (ONG RNG) entre o período de 2018 a 2023 no estado de Goiás. Sendo idealizada por um casal de mulheres negras, candomblecistas e lésbicas, a ONG elaborou e desenvolveu projetos sociais guiados pela perspectiva decolonial e interseccional entre as categorias de raça/etnia, gênero, orientação sexual, capacidade, regionalidade, classe social, religiosidade/espiritualidade e geração. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e interdisciplinar desenvolvida por meio da observação participante e com análises embasadas a partir dos pressupostos teórico-práticos da interseccionalidade, do campo psicossocial, das epistemologias decoloniais e estudos acerca das relações étnico-raciais na sociedade brasileira. Como resultado, percebeu-se que os projetos sociais contribuíram para o fortalecimento da identidade negra em perspectiva interseccional e ofereceram ferramentas para repensar o modelo epistêmico hegemônico fomentando o pensamento crítico que se opõe à naturalização das desigualdades sociais. Por fim, as ações da ONG RNG podem contribuir como exemplos para o enfrentamento às múltiplas opressões e para a construção de uma sociedade democrática a partir de princípios éticos, estéticos e políticos do pensamento decolonial.

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