Abstract

O presente artigo aborda o processo de modernização do ensino de Matéria Médica e Arte Farmacêutica na Universidade de Coimbra a partir da reformulação estatutária da instituição em 1772. Partindo de uma investigação que prioriza as transformações epistemológicas da Medicina no século XVIII, o estudo tem por objetivo analisar a consolidação de um pedagogia empírico-racional no contexto da reforma universitária realizada pelo Marquês de Pombal no reino português. Apresentamos a dinâmica da educação médica a partir das aulas do Dr. José Francisco Leal, docente responsável por ministrar Farmácia e Matéria Médica na universidade, examinando o caráter de suas metodologias de ensino. Para tanto, o texto articula uma análise entre os Estatutos de 1772 e as Instituições de Farmácia, material didático produzido pelo professor Leal. Os resultados mostram que as reformas da Faculdade de Medicina buscaram priorizar em seus estatutos, os pressupostos do experimentalismo e da crítica racional das antigas doutrinas médicas, pautando-se num modelo Ilustrado de educação que dava novos instrumentos de formação para o estudante médico.

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